Seis eram os degraus que, outrora, conduziam ao trono de Salomão. Assim, também, ao trono de Cristo conduzem seis degraus, que são os da humildade. J. Arndt assim os especificou.
l – Considerar-se, no coração, menor que os outros.
2 – Não julgar a ninguém, mas sempre olhar primeiro por si mesmo.
3 – Fugir às honrarias mundanas. Nada há tão perigoso como buscar honras.
4 – Ter prazer em lidar com gente humilde.
5 – Ser obediente, com voluntariedade e prazer, especialmente em relação a Deus.
6 – Dar afaças por toda nova humilhação.
O solo natal da planta da humildade é a profunda reverência para com Deus.
Disse Isaac Newton, o grande inventor – homem que descobria a cabeça todas as vezes que em sua presença se citasse o nome de Deus:
"Aprendi que duas coisas são de extrema importância: primeiro saber que sou grande pecador; segundo, que Jesus é ainda maior salvador." Eis aí a câmara em que nasce a humildade.
A humildade impele para a oração. Enquanto for grande o eu, não acharemos expressões adequadas junto ao trono de Deus. Por isso é que o publicano voltou para casa justificado, embora não mencionasse uma série de boas obras, como fez o fariseu. É que era humilde.
Quem é humilde achará razões para dar graças a Deus. Não vai recebendo tudo como coisa natural. Sabe que é a graça de Deus que lhe dá tudo. A humildade, unicamente, habilita para nosso aperfeiçoamento.
"Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos..." I S. João 1:8. Não só nos enganamos a nós mesmos, como também excluímos a possibilidade de aperfeiçoamento.
Na "Divina Comédia", de Dante, faz o poeta desaparecer da fronte do peregrino os estigmas de todos os vícios e pecados, depois que o anjo apagou o sinal do orgulho. Na verdade, o orgulho exclui o progresso espiritual.
O humilde, por mais que tenha feito e aprendido, afinal nada sabe de si mesmo e de seus feitos. Ele só enxerga os feitos de Deus.
Kraft und Licht.
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