quinta-feira, 14 de maio de 2009

Os degraus da humildade


Seis eram os degraus que, outrora, conduziam ao trono de Salomão. Assim, também, ao trono de Cristo conduzem seis degraus, que são os da humildade. J. Arndt assim os especificou.

l – Considerar-se, no coração, menor que os outros.

2 – Não julgar a ninguém, mas sempre olhar primeiro por si mesmo.

3 – Fugir às honrarias mundanas. Nada há tão perigoso como buscar honras.

4 – Ter prazer em lidar com gente humilde.

5 – Ser obediente, com voluntariedade e prazer, especialmente em relação a Deus.

6 – Dar afaças por toda nova humilhação.

O solo natal da planta da humildade é a profunda reverência para com Deus.

Disse Isaac Newton, o grande inventor – homem que descobria a cabeça todas as vezes que em sua presença se citasse o nome de Deus:

"Aprendi que duas coisas são de extrema importância: primeiro saber que sou grande pecador; segundo, que Jesus é ainda maior salvador." Eis aí a câmara em que nasce a humildade.

A humildade impele para a oração. Enquanto for grande o eu, não acharemos expressões adequadas junto ao trono de Deus. Por isso é que o publicano voltou para casa justificado, embora não mencionasse uma série de boas obras, como fez o fariseu. É que era humilde.

Quem é humilde achará razões para dar graças a Deus. Não vai recebendo tudo como coisa natural. Sabe que é a graça de Deus que lhe dá tudo. A humildade, unicamente, habilita para nosso aperfeiçoamento.

"Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos..." I S. João 1:8. Não só nos enganamos a nós mesmos, como também excluímos a possibilidade de aperfeiçoamento.

Na "Divina Comédia", de Dante, faz o poeta desaparecer da fronte do peregrino os estigmas de todos os vícios e pecados, depois que o anjo apagou o sinal do orgulho. Na verdade, o orgulho exclui o progresso espiritual.

O humilde, por mais que tenha feito e aprendido, afinal nada sabe de si mesmo e de seus feitos. Ele só enxerga os feitos de Deus.

Kraft und Licht.

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