segunda-feira, 20 de abril de 2009

A maior prova para o criacionismo


- Você realmente acredita nisso? – perguntou-me um amigo enquanto conversávamos. – Você acha que a humanidade veio de Adão e Eva? Que tudo que vemos foi criado em seis dias por Deus?

- Sim – respondi tranqüilo, olhando para a expressão descrente do amigo.

- Ah Denis, não diga uma barbaridade dessas. É estranho ouvir isso de uma pessoa como você. Você me parece tão culto, tão “estudado”, e vem com essa história de boneco de barro.

Ele continuava me olhando, talvez na esperança de eu dar alguma recuada na minha opinião depois de usar o velho discurso de que a criação divina é para mentes despreparadas. Finalmente, ele recostou na cadeira e, com o semblante cheio de desafio, sentenciou:

- Está certo. Então prove para mim.

- Quem tem que provar é você.

- Como assim? Provar o quê?

- Provar do amor de Deus – respondi.

Em outra ocasião, fiz um teste com minha filha, que completa cinco anos no mês que vem:

- Lívia, sabia que você veio do macaco?

- Claro que não – ela disse com ênfase. – Eu vim da barriga da minha mãe.

- Sim, sim. Mas eu quero dizer que todos nós viemos do macaco. Muito, muito antigamente, todos eram macacos; aí com o passar do tempo eles foram se transformando, virando gente, e assim surgiu a humanidade.

- MAMÃE! – ela gritou. – O PAPAI TÁ FALANDO QUE EU VIM DO MACACO! – colocou as duas mãos na pequena cintura e disse a fim de encerrar a conversa: – Foi Jesus que me fez.

Saiu batendo os pés. Não existe nenhum argumento criacionista ou evolucionista na mente da minha filha, mas seu pequeno coração traz uma certeza e um sentimento inconteste de que foi Deus quem a fez. Aliás, ela tem ótimos motivos para acreditar no Criador, pois teve a vida salva por Ele. Quando a Lívia tinha pouco mais de um ano, sofreu um acidente de carro. Um choque violento que lhe deixou apenas uma cicatriz na altura da sobrancelha direita. Não acreditamos que foi mera coincidência o fato de a Lívia ter a vida poupada naquele acidente, bem como acreditamos que a providência divina atuou de uma forma tão intensa que ela foi salva por uma pessoa nos segundos seguintes ao impacto.

Minha pequena menina de um ano foi retirada de dentro do carro batido e encaminhada imediatamente ao hospital mais próximo, onde o médico fez os pontos no corte. Após três dias de observação, nada mais sério foi constatado. Nao houve vítimas sérias no acidente, mas o carro ficou com a parte dianteira totalmente destruída.

Sempre que temos a oportunidade, contamos para a Lívia essa história de livramento e proteção. Ela sorri satisfeita, pois sente que tem um Deus que a protege e vigia com constância. Lemos, oramos e cantamos com a Lívia, apresentando a ela não apenas argumentos, mas o amor do nosso Deus.

Recentemente compramos um DVD infantil de uma cantora adventista chamada Alessandra Samadello. Entre as músicas há uma cuja letra diz que “Eu também nasci, nasci do amor de Deus. / Eu já fui neném, foi Deus quem me criou. / Eu sou fruto desse Amor, eu sou criação do Divino Criador.” É uma das preferidas das minhas crianças.

Mais que ser uma “força criadora”, Deus é nosso Pai de Amor. Aquele que nos sustenta, que nos protege, nos guia e que mandou Seu único Filho, Jesus, para nos resgatar das garras da morte.

Duas vezes nos deu vida: na Criação e no Calvário. E esses dois momentos de doação tiveram uma única razão: Seu Amor.

1 Coríntios 3:19 diz: “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.”

Se nossa sabedoria é loucura para Deus, o que é a loucura dEle para nós? Afinal, o que consideramos ser loucura vinda de Deus? 1 Coríntios 1:21-23 responde: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios.”

Se alguém quer provas, sinais ou argumentos, eu não costumo discutir dessa forma. Sou um daqueles "loucos" que têm motivos para acreditar em um Deus verdadeiramente presente na minha vida. Um Deus que ama, que salva, que redime, que está ao meu lado.

Para mim, a maior e definitiva prova do criacionismo está no amor de Deus, e para isso não tenho muitos argumentos metódicos e cientificamente demonstrados; mas, quem quiser, pode provar desse infinito amor, pois Deus o coloca à disposição e alcance de todos os que desejarem: "Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração" (Jr 29:13).

Denis Cruz

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