sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estágios pós perdas/divórcios

perdas_separacoes Segue nas linhas abaixo sábios conselhos para os que perderam o cônjugue, seja pela morte ou pelo divórcio. A maior parte das pessoas concorda que o divórcio é mais doloroso do que a morte de um ente querido. na morte, o relacionamento termina. Somente as lembranças permanecem. Mas no divórcio, ainda existe um relacionamento – especialmente quando há filhos a serem compartilhados. Dizem que o divórcio é uma cirurgia emocional realizada sem anestesia. Há quatro estágios no divórcio:

  1. Negação. A negação se manifesta de diferentes maneiras. Algumas pessoas se retraem. Mudam, param de ir à igreja ou se recusam a ver os amigos. Outras se lançam freneticamente ao trabalho. outras procuram se envolver em relacionamentos superficiais. Outro sintoma de negação é a euforia. A pessoa aparenta estar muito feliz, ri muito, parece sentir-se muito bem, tudo numa tentativa de esquecer ou negar seus reais sentimentos. Com o tempo, a maioria ultrapassa este nível, mas é um problema real se permanecer nesta fase.
  2. Sentimentos de indignidade. Sentimentos esmagadores de não possuir nenhum valor e de ser um fracasso total, dominam este estágio. Leva meses, e possivelmente anos, para recuperar a autoconfiança e a estabilidade emocional que você possuía no passado.
  3. Distúrbio emocional total. Este estágio é caracterizado por intensa aflição e raiva. Sentimentos que têm sido contidos e mantidossob a superfície vêm à tona e  a pessoa se sente totalmente vencida por eles. A pessoa precisa enfrentar e lamentar a perda de modo a poder aceitar o fato de que o relacionamento acabou.
  4. Aceitação. Isso não se consegue em apenas um ou dois meses. É uma fase complicada que envolve perdoar aos outros e também a si mesmo. O professor Robert S. Weiss, da Universidade de Massachusetts, perito em divórcio e outros tipos de perdas, diz que leva no mínimo de dois a quatro anos para “compreender o que aconteceu, neutralizar as recordações dolorosas, e estabelecer um novo meio de vida”. Por volta da fase da aceitação, a parte mais dura da jornada do divórcio, da perda terminou. É aí que a pessoa se desenvolve mais e está em condições de lançar uma boa base para uma vida nova. Não se apresse para chegar lá! E não abrace de imediato a ideia de um novo casamento como sendo um antídoto para um espírito quebrantado.

Antes de reiniciar o esquema de marcar encontros, a pessoa deve primeiro descobrir que tipo de pessoa ela é sozinha, e como já vimos, isso levará tempo para acontecer. O encerramento do processo do divórcio é semelhante para viúvos e viúvas. A diferença é que o divórcio deixa muitas lembranças ruins, e a morte deixa, normalmente, apenas boas lembranças. Quando a pessoa está pronta para entrar numa nova relação emocionalmente livre, ele se mostra recuperado sentindo-se de bem com a vida, tendo energia adequada para o viver diário, não sendo assaltado por auto-acusações e lembranças, e é otimista e esperançoso quanto ao futuro.

Os encontros com o sexo oposto são perigosos durante os primeiros três estágios de recuperação do divórcio. Uma pessoa separada ou recentemente divorciada está procurando alguém que possa fazer a dor ir embora, mas ninguém pode fazer isso. Frequentemente a cura é uma experiência solitária e leva tempo para isso.

Permaneça do lado seguro. Não assuma nenhum compromisso logo após o divórcio ou a morte do cônjugue. Há uma intimidade falsa e perigosa que pode enganar mesmo a pessoa mais perspicaz. A única rota segura nessas ocasiões é desenvolver um grande círculo de amigos e permanecer em grupo. O casamento, como reação a um estado emocional, raramente dá certo.

Extraído do livro Novas Núpcias de Nancy Van Pelt, pag 5 a 15, publicado pela Casa Publicadora Brasileira.

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