sexta-feira, 9 de abril de 2010

Artigo do Michelson na Folha


Um dos principais jornais brasileiros, a Folha de São Paulo, publicou na última sexta-feira, dia 2 de abril, um artigo de autoria do jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora adventista localizada em São Paulo.

A manchete da edição deste dia trouxe como título “59% dos brasileiros acreditam em Deus e também em Darwin”. O teor da reportagem, assinada por Hélio Schwartsman, é relativo a uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e que mostra que, para 59% dos entrevistados, “o ser humano é o resultado de milhões de anos de evolução, mas em processo guiado por um ente supremo. Apenas 8% consideram que a evolução ocorre sem interferência divina. Entre os que acatam a evolução sob gerência divina, o aumento é mais modesto: fica entre 15% (renda) e 20% (escolaridade)”. De acordo com a reportagem, o Datafolha ouviu 4.158 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.A reportagem principal informa que os adventistas do sétimo dia são um dos poucos grupos protestantes que ainda ensinam o criacionismo bíblico. Em função disso, o jornalista Michelson Borges, pesquisador e entusiasta do assunto, foi convidado a escrever um pequeno artigo com a argumentação criacionista. O resultado foi a publicação deste artigo praticamente na íntegra, bem como de outro com conteúdo evolucionista. “Isto foi muito importante, inclusive porque os adventistas vão sendo conhecidos como criacionistas por excelência”, comenta Borges. O artigo pode ser lido abaixo, tal como foi publicado:

CRIACIONISMO

Teoria é mal compreendida

MICHELSON BORGES*- ESPECIAL PARA A FOLHA

Quando nos deparamos com o desafio de explicar eventos passados únicos e irreproduzíveis, como a origem da vida e a origem do ser humano, acabamos ultrapassando as fronteiras da metodologia científica e utilizamos inevitavelmente conhecimento suplementar de natureza não científica (o que não significa necessariamente conhecimento anticientífico).

O evolucionista utilizará conhecimentos oriundos do naturalismo metafísico (componente não científico do evolucionismo). E o criacionista verificará a possibilidade de se harmonizar o conhecimento científico com o conhecimento bíblico (componente não científico do criacionismo).

Dos entrevistados, 25% acreditam que Deus criou os seres humanos exatamente como são hoje. São, portanto, fixistas. Ao contrário desses, criacionistas bem informados entendem que Deus dotou os seres vivos com a capacidade de variação, o que lhes permite sobreviver em ambientes diferenciados adquirindo adaptabilidade ao meio: a isso chamam de microevolução. Segundo o criacionismo, Deus criou os tipos básicos de seres vivos e eles sofreram modificações, dentro de limites preestabelecidos. Dizer que elas descendem de um mesmo ancestral unicelular comum é extrapolação.

As grandes questões para as quais parece não haver respostas satisfatórias são: qual a origem da informação complexa, aperiódica e específica? Qual a origem dos códigos zipados, encriptados, compartimentados e com uma lógica algorítmica que tem em seres inteligentes sua única causa? O criacionista, partindo da ideia de planejamento e propósito inteligentes na criação, consegue fornecer boas respostas para essas questões -mas, primeiro, precisa ser ouvido e compreendido.

*Michelson Borges é jornalista e editor do blog http://www.criacionismo.com.br/

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