terça-feira, 25 de outubro de 2011

Regulamentação global da economia é solicitada pelo Vaticano

vaticano O Vaticano pediu nesta segunda-feira a criação de uma 'autoridade pública global' e de um 'banco central mundial' para administrarem as instituições financeiras que se tornaram ultrapassadas e ineficazes para lidar com as crises de maneira justa.

O documento do departamento de Justiça e Paz do Vaticano deve ser uma boa notícia para os manifestantes do movimento 'Ocupe Wall Street', que têm protestado contra a recessão econômica.

O documento 'Rumo à Reforma dos Sistemas Financeiros e Monetários Internacionais no Contexto de uma Autoridade Pública Global' tem alguns pontos bastante específicos, pedindo, por exemplo, medidas de tributação para transações financeiras.

'A crise econômica e financeira pela qual o mundo está passando exige que todos, indivíduos e povos, examinem a profundidade dos princípios e dos valores culturais e morais que estão na base da coexistência social', afirmou.

O documento condena o que chama de 'idolatria do mercado', assim como o 'pensamento neoliberal', que busca exclusivamente soluções técnicas para os problemas econômicos.

'A crise revelou comportamentos como egoísmo, ganância coletiva e o acúmulo de bens em grande escala', afirmou o texto, acrescentando que a economia mundial necessita de 'solidariedade ética' entre as nações ricas e pobres.

'Se nenhuma solução for encontrada para as diversas formas de injustiça, os efeitos negativos que seguirão em nível social, político e econômico criarão um clima de crescente hostilidade e mesmo de violência, e por fim vão minar as próprias bases das instituições democráticas, mesmo aquelas consideradas mais sólidas', afirmou.

O documento pediu a criação de 'uma autoridade supranacional' com alcance mundial e 'jurisdição universal' para guiar as políticas e decisões econômicas.

Tal autoridade deveria começar com a Organização das Nações Unidas (ONU) como ponto de referência, mas se tornar independente e receber poderes para que os países desenvolvidos não consigam ter 'poder excessivo sobre os países mais fracos.'

O documento, que foi apresentado em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, reconheceu que essa mudança demoraria anos para ser efetivada e provavelmente enfrentaria resistência.

Questionado em uma coletiva de imprensa se o documento se tornaria um manifesto dos 'indignados' que criticam as políticas econômicas mundiais, o cardeal Peter Turkson disse:

'As pessoas em Wall Street precisam se sentar e passar por um processo de discernimento e ver se o papel deles de administrar as finanças mundiais está na verdade servindo aos interesses da humanidade e ao bem comum'.

Ctrl C by G1.

Nota: Ai Ai Ai Ai tá chegando a hora…o dia já vem raiando …

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