segunda-feira, 25 de abril de 2011

Deus precisa mesmo esperar?

entrega a Jesus Enquanto nossas atividades e compromissos parecem aumentar rapidamente, o tempo de que dispomos para concretizar nossas metas diárias tem sido cada vez mais escasso. Na tentativa de equilibrar a relação tempo/compromissos, é natural que estabeleçamos prioridades e adiemos questões que não demandem urgência. Entretanto, ao instituir nossas prioridades, muitas vezes preferimos “correr atrás do vento”(Ec. 1:14), isto é, destinar excessivo tempo e atenção às coisas referentes a este mundo em detrimento de nossa experiência diária com o Senhor. Indubitavelmente, um erro ao qual estamos propensos é permitir que as “urgências” seculares transponham nossa comunhão com Deus, para quem somos prioridade máxima.

Cada dia, precisamos firmar o propósito de passar momentos especiais com Ele, confessando nossas faltas, apresentando todos os nossos anseios e preocupações, esperando confiantemente nAquele que provê meios para que nossas reais necessidades sejam atendidas. Mas, vez ou outra, optamos por agir independentemente de Deus e buscamos a satisfação de desejos e respostas para inquietações momentâneas. Quando assim fazemos, estamos sujeitos a cometer graves equívocos, como o relatado a seguir.

Há alguns anos, um de meus amigos se afastou dos caminhos indicados por Deus. Por ser proveniente de uma ffamília cristã exemplar e não ter demonstrado nenhum indício de desânimo na fé, sua decisão foi uma grande surpresa para todos com quem ele convivia. Intrigado, questionei os motivos que o levaram a isso. “David, sou jovem demais pra perder as inúmeras oportunidades que a vida me oferece. Elas não vão me esperar. Por isso, tenho que aproveitar cada segundo. Além disso, não é vedrdade que Deus sempre nos perdoa e aceita, não importando o que fizermos nem quão longe dEle estivermos? Pois bem, posso ficar tranquilo. Mesmo que eu demore um pouco, quando decidir voltar, Ele estará me esperando de braços abertos.”

Apesar do incontestável fato de que o Redentor nos espera e aceita, sem exigências e sob qualquer circunstância, é imprudência não levarmos em conta as consequências implícitas de uma vida marcada pelos constantes adiamentos no que diz respeito ao nosso relacionamento com Deus. É possível que, após algum tempo, a pequena importância que damos às coisas celestiais se torne ainda menor e , por estarmos acostumados a uma rotina na qual Deus não tem espaço, acabamos nos afastando dEle definitivamente. Nesse processo, nossa conduta poderá, inclusive, levar outros a nos imitar. Ou seja, nossa escolha colocará em risco não somente a nossa salvação, mas também a de outras pessoas. Pensemos, ainda, no que aconteceria se morrêssemos em um momento no qual outras prioridades direcionassem nossa vida. Não haveria tempo nem condições para que voltássemos ao Senhor. Ele teria esperado ansiosamente e, mesmo assim, teríamos escolhido perder a salvação.

No livro Caminho a Cristo, Ellen G. White explicita sua preocupação a esse respeito: “Cuidado com os adiamentos! Não deixe para depois a decisão de abandonar seua pecados e buscar em Jesus pureza de coração. É nesse ponto que milhares têm errado, e se perderão para sempre […] há um perigo terrível – enão suficientemente compreendido – em adiar o atender ao chamado do Espírito Santo”.

Deus continua nos esperando, ansioso para manter conosco um relacionamento diário e consistente. Se quisesse, Ele poderia ignorar aqueles que não O priorizam. Ele não precisaria nos esperar, mas o faz porque quer estar próximo de Seus filhos; quer ajudar-nos nas lutas e alegrar-se com nossas coquistas. Diante de tão imensa manifestação de amor e benevolência, reflitamos: a despeito de nossas “prioridades”, vale a pena fazê-lo esperar mais?

Ctrl C by Revista Adventista-abril 2011, por David Bernardes.

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