sábado, 11 de outubro de 2014

Que conceitos deixamos para as crianças?

exemplo-dos-pais_felip_lemos-artigoNesse Dia das Crianças, há uma reflexão muito importante para os adultos especialmente se nosso parâmetro de comparação for a Bíblia e nossa aspiração for por algo mais elevado espiritualmente na vida.

É inegável, e psicólogos e educadores concordam com isso, os adultos são exemplo e referência importantes para as crianças especialmente até determinada idade. Não há dúvidas. Com minha filha de quase dois anos comprovo a tese. Dia desses, servi suco em um copo e bebi. Algo absolutamente normal que foi observado pela pequena Gabriela. Minha filha, pouco tempo depois, imitou o ato com uma jarra de plástico que encontrou na cozinha e um outro recipiente que serviu de copo. Simulava que estava bebendo algo.

Transfira isso para o plano espiritual. Se nossas influências forem espirituais, certamente o benefício nessa área será claro para as crianças. Se não existir essa boa influência, cuidado, pois seremos responsáveis por um tipo de adulto pelo qual todos nós lamentaremos mais tarde.

Portanto o que vemos na TV, na Internet, que música ouvimos, o que falamos em casa, com quem falamos e que sonhos colocamos em nosso coração também, quase que de maneira inevitável, tudo isso afetará os pequenos e as pequenas. Isso tem a ver não apenas com o comportamento momentâneo delas, mas com os conceitos que elas levarão para sua vida inteira e que serão influência para as demais gerações.

E não adianta minimizar e raciocinar que depois eles saberão fazer a distinção. Ou, então, calcular que o efeito é pequeno porque é apenas mais um programa de TV, um desenho inocente, uma bonequinha engraçadinha, um joguinho leve sem maiores influências. Nada disso. Não sou fatalista e nem extremista, mas os pais precisam saber que conceitos estão por trás daquilo que eles mesmos consomem e que acabam sendo consumidos pelas crianças ao seu redor.

Na Bíblia, há boas indicações sobre isso. Se você ler detidamente os livros de Reis e Crônicas perceberá que sucessivamente muitos reis reproduziram os péssimos conceitos que seus pais tiveram. A Bíblia assinala, em muitas biografias de monarcas dos antigos reinos de Israel e Judá, falando dos indivíduos que “fez o que era mau perante o Senhor” e conecta isso com o mau exemplo do pai.

Monster high, apenas um exemplo

Especialistas em pedagogia e psicologia explicam que os brinquedos têm papel importante no desenvolvimento cognitivo de uma criança em diferentes idades e de diferentes maneiras. Segundo reportagem da revista Exame, em publicação online do dia 17 de abril de 2013, a franquia da marca Monster High aumentou em 50% o portfólio de bonecas da linha trazidas ao Brasil no segundo semestre de 2012. De maneira geral, a divisão da qual a Monster High faz parte registrou crescimento global de 56% durante os três primeiros meses deste ano. Mas o que é Monster High e, o mais importante, que conceitos estão por trás dessa linha de bonecas?

É preciso frisar que não se trata apenas de uma linha de bonecas com vendas em franca ascensão. Monster High é uma franquia multiplatafórmica composta de brinquedos, DVD, série na web, vídeos de música, videogames, livros, acessórios de vestuário e muito mais. Ou seja, é uma série de estímulos audiovisuais que inevitavelmente vai levar avante um ou mais conceitos que influenciarão o desenvolvimento de crianças, especialmente meninas na faixa etária específica que se pretende alcançar com esses produtos.

Não vou comentar sobre questões como consumismo e sensualismo, que também estão presentes em muitos produtos voltados para crianças. Vou me deter no fato de que a marca Monster High, que aqui figura como um exemplo apenas (pois há mais do mesmo e muito ainda se produzirá), é caracterizada predominantemente por apresentar personagens inspirados em filmes de monstros e terror. São monstrinhos mesmo, zumbis do estilo mortos-vivos e há personagens que são boneco de Vodu e existe até uma espécie de menina vampira.

Com total respeito às diferentes crenças religiosas ou míticas que existem e aos que creem assim, o enfoque aqui é comparar os conceitos dos produtos com o que ensina a Bíblia Sagrada, livro essencial do cristianismo. Os zumbis são tradicionalmente conhecidos como criaturas fictícias relacionadas a mortos reanimados ou seres humanos que não são dotados de razão. A Bíblia ensina, tanto para crianças quanto para adultos, que as pessoas são mortais, ou seja, estão sujeitas à morte por causa do pecado (Romanos 6:23). Além disso, na morte não há consciência do mundo dos vivos (Eclesiastes 9:5,6 e outros textos) e a comparação mais clara da condição da morte foi a do sono, feita por Jesus (João 11: 11).

Nesse Dia das Crianças, que tal parar para uma reflexão sobre o tipo de conceito que estamos passando ou permitindo que seja transferido para elas?

Usar esse tempo para cuidar da espiritualidade das crianças é muito mais estratégico e inteligente do que lamentar depois ou querer ensinar a jovens ou adultos princípios aprendam aquilo que nunca foi transmitido a eles. Eles precisam de conceitos claros sobre a Bíblia e isso definitivamente não é o que se propaga de maneira geral por aí.

Ctrl C by noticias adventistas, por Felipe Lemos.