terça-feira, 21 de maio de 2013

Juiz pede demissão para não celebrar “casamento” gay

juizO juiz de paz do Cartório do Único Ofício de Redenção, sudeste do Pará, pediu demissão do cargo após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios a realizarem casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele alega que “o casamento homoafetivo fere os princípios celestiais”. Nomeado para o cargo há sete anos, José Gregório Bento, 75 anos, há mais de quatro décadas é pastor da Igreja Assembleia de Deus, e trabalha como voluntário no cartório civil da cidade, fazendo conciliações e celebrando casamentos. Segundo o pastor, ele protocolou a demissão porque se recusa a obedecer à decisão do CNJ, publicada no último dia 14 de maio, que obrigaos cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento. “Deus não admite isso. Ele acabou com Sodoma por causa desse tipo de comportamento”, declarou José Gregório. “Acho essa decisão horrível. Ela rompe com a constituição dos homens, mas não vai conseguir atingir a constituição celestial”, completa.

Segundo Gregório, ele recebeu a notificação de que não poderia se recusar a fazer casamentos homoafetivos nesta segunda-feira (20), mas afirmou que, desde a publicação da decisão da Justiça, já havia tomado a decisão de abrir mão do cargo. “Não há lei dos homens que me obrigue a fazer aquilo que contrarie meus princípios”, alega. “Existe aí uma provocação para um grande tumulto no nosso país. Deus fez o homem e a mulher para a procriação, para reproduzir. Não sei aonde vai chegar isso”, questiona.

O pastor afirma ainda que solicitou a demissão ao titular do cartório, Isaulino Pereira dos Santos Júnior, mas que o tabelião pediu que ele permanecesse no cargo. “Ele me pediu para eu ficar e disse que caso alguém solicitasse o pedido de casamento homoafetivo, outro juiz de paz seria chamado para realizá-lo. Mas aqui, graças a Deus, ainda não chegou ninguém pedindo o casamento homoafetivo.” [...]
Segundo o presidente da Associação dos Magistrados do Pará (Amepa), Heyder Ferreira, o juiz de paz pode pedir demissão se discordar de uma decisão do CNJ.“Se ele continuar no cargo, é obrigado a cumprir a determinação, mas, por ser voluntário, não podemos impor. O cartorário, em compensação, é obrigado a cumprir a determinação”, explica.
De acordo com o último levantamento realizado pelo IBGE, no Censo 2010, 1.782 pessoas declararam viver em casamento entre pessoas do mesmo sexo no Pará.

(G1 Notícias)

Nota:Muito corajosa a decisão do juiz José Gregório Bento. E quem vai dizer que ele não tem esse direito? Provavelmente, só os fundamentalistas gayzistas, que acham que seus direitos estão acima dos de todos os demais seres humanos. Casamento é um conceito bíblico e envolve a união de um homem com uma mulher. Ponto final. Gays podem viver juntos, evidentemente, mas não podem se apropriar de um termo bíblico para definir sua união. Quando a lei dos homens vai de encontro à lei de Deus, cabe aos que se dizem cristãos tomar a decisão correta (Atos 5:29). Foi o que fez o juiz. O que farão os donos de cartórios que não concordam com o “casamento” gay? Terão a mesma coragem de José Gregório ou vão preferir violar a consciência para ficar “bem na foto” e não perder a fonte de renda?[MB]

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Identidade - Encontro de universitários da APAc

identidadeNo dia 8 de junho, o departamento jovem em parceria com o departamento de Educação da Associação Paulista Central, juntos estarão organizando o evento intitulado: Identidade - Encontro de Universitários.

O evento tem por objetivo promover a discussão entre os participantes sobre qual deve ser a a identidade de um jovem cristão no ambiente acadêmico e circulo de amigos, e os quais os desafios a fé cristã nestes ambientes.

Dentre as atividades programadas nesta oportunidade, destaque para a organização e formação da agremiação dos universitários da APaC.

Será oferecido um material de apoio aos participantes e por isso é necessário fazer a inscrição com antecedência junto ao departamento jovem da APaC, acompanhado do pagamento de uma taxa de inscrição de apenas R$ 10,00. Estão abertas apenas 120 vagas, por isso a antecipação de inscritos é essencial.

Presença confirmada dos oradores Dr. Naor Rossi, Dr Ricardo Ziborgi, Cleiton Schaefer entre outros.

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Revista Conexão 2.0 lança novo site

revista-conexao-20-lanca-novo-siteDepois de dois meses de pesquisa, planejamento e ajustes, está no ar o novo site da revista Conexão 2.0 (www.conexao20.com.br). Na nova página virtual, você encontra as duas últimas edições da revista (em breve os números antigos vão estar disponíveis) e conteúdos extras na seção C+, vídeos, podcasts e tirinhas de ministérios parceiros.
Uma das principais atrações do site são as colunas assinadas por um time formado por jornalistas, pastores, advogados, músicos e engenheiros. Esses colunistas vão explorar temas como sustentabilidade, comportamento, ciência, espiritualidade e voluntariado.
Lançada no fim de 2006, a antiga revista Conexão JA deu lugar a atual proposta editorial e gráfica da Conexão 2.0 no ano passado. Com a mudança, a revista teve sua tiragem triplicada e passou a ser também distribuída para os 24 mil alunos do Ensino Médio das escolas adventistas do Brasil.
Com edições trimestrais, a proposta da Conexão 2.0 é ajudar seus leitores a entender a realidade, a experimentar o que vale a pena e a mudar a comunidade onde vivem. A revista traz textos curtos, entrevistas ao ponto, infográficos explicativos e reportagens contextualizadoras. Acesse o site www.conexao20.com.br , siga e curta a revista nas redes sociais: www.twitter.com/conexao_20 e www.facebook.com/conexao20.

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domingo, 19 de maio de 2013

II Festival Mundial de Liberdade Religiosa

Propaganda do II Festival Mundial de Liberdade Religiosa que ocorre no dia 25 de maio no Vale do Anhangabaú em São Paulo, SP. O evento, promovido pela Irla (Associação Internacional de Liberdade Religiosa) em parceria com a IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia), será uma grande celebração de gratidão pela liberdade de crença concedida pelo Estado brasileiro.

sábado, 18 de maio de 2013

Prioridades. Quais são as suas?

PrioridadesAo definir as prioridades da minha vida, devo manter três coisas em mente: meu relacionamento com Deus, meu relacionamento com as outras pessoas, e meu relacionamento comigo mesmo.

Prioridade 1: Glorificar a Deus… Nosso principal propósito é conhecer a Deus e glorifica-Lo para sempre. O primeiro mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Deus deve vir primeiro em tudo. Isto não significa que nossa fé deva ser uma procura fanática pelo céu em detrimento de tudo o mais no mundo. Mas a primeira pergunta que devemos sempre fazer é: Isto glorifica a Deus? Se algo não glorifica a Deus, não o faça.

Prioridade 2: Amar os outros. Deus se importa tanto com o mundo que deu Seu Único Filho para salvá-lo (João 3:16). Por causa disto, podemos servir a Deus cuidando das pessoas que estão à nossa volta. Isto significa viver a vida de Cristo. Como fazemos isto? Sendo gentis, humildes, bondosos e perdoando as pessoas (Colossenses 3:12-17).

Prioridade 3: Viver na luz. Paulo disse: “E a paz de Deus… domine em vossos corações… a palavra de Cristo habite em vós abundantemente” (Colossenses 3:15-16). Devemos escolher atividades que permitam que estejamos conscientes de Deus o tempo todo. Não temos que andar por aí com nossos braços cruzados. Mas devemos adorar a Deus no sábado e carregar a experiência conosco para os outros dias da semana.

Ao decidir o que fazer estas três prioridades devem nos guiar. Mas temos que usar o nosso julgamento, e podemos fazê-lo através da educação, da prática e da experiência. Então, como Jesus, cresceremos em sabedoria e estatura (Lucas 2:52). (Autor O.H.)

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sábado, 11 de maio de 2013

Revista Adventista reflete sobre os 150 anos da Igreja

revista adventista maio 2013O dia 18 de maio foi escolhido pela sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia como a data de celebração, nas congregações locais, dos 150 anos de organização da denominação. Por isso, a Revista Adventista deste mês dedica sua matéria de capa para refletir sobre as descobertas e lições do pequeno grupo visionário que deu origem a um dos maiores empreendimentos missionários da história. O artigo resgata o contexto histórico da formação da Igreja Adventista, mostrando como os adventistas consolidaram sua teologia, ampliaram seu conceito de missão e formaram sua estrutura administrativa. Essa reflexão se mostra cada vez mais necessária para uma denominação com 17 milhões de fiéis espalhados por 209 países.
Outros dois artigos da edição servem como desdobramento da matéria principal. Ambos tratam das metáforas usadas pela Bíblia para descrever o papel missionário e social da igreja, especialmente no ambiente urbano. Na entrevista desta edição, sabatinamos o Dr. Reinaldo Siqueira. Com pós-doutorado em cultura judaica pela USP, ele falou sobre a base bíblica e o propósito da guarda do sábado.
Na seção de reportagens, os destaques ficam por conta da cobertura geral da programação de Semana Santa e a mobilização nacional em torno do projeto Impacto Esperança; a celebração dos 60 anos de serviço e tratamento humanizado do Hospital Adventista de Belém; além das ações de evangelismo urbano realizadas no Brasil e Estados Unidos.
A Revista Adventista é o órgão geral dos adventistas no Brasil há mais de cem anos e pode ser adquirida em uma das 12 livrarias da Casa Publicadora Brasileira, nas sedes administrativas da Igreja Adventista, pelo telefone 0800-9790606 ou pelo site www.cpb.com.br. E você pode seguir a revista pelo perfil www.twitter.com/rev_adventista e acessar gratuitamente seu acervo histórico no endereço www.revistaadventista.com.br

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Evangelismo na Praça em Mineiros do Tietê.

O envolvimento de uma voluntária da igreja adventista, Sheila Alponti, tem mobilizado e transformado a vida de várias pessoas na cidade de Mineiros do Tietê, cidade localizada a 300 quilômetros da capital paulista.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

É possível ser verdadeiramente cristão, hoje?

cristao de hojeVivemos numa época em que tudo trabalha contra as coisas que estimamos. Veja: qual força em nossa sociedade está operando para ajuda-lo a permanecer fiel ao seu cônjuge? Nenhuma das que posso lembrar-me. A mensagem de nosso mundo é exatamente o oposto. Qual força em sua sociedade está atuando para ajudar seus filhos a permanecerem ajustados aos princípios bíblicos estabelecidos para a pureza sexual, a honestidade, a lealdade, e a prioridade do desenvolvimento do caráter? Nenhuma! A mensagem que bombardeia nossos filhos é: “Adquira tudo o que puder, e faça tudo o que dá prazer”. Não vivemos em um mundo neutro que nos acena para escolhermos entre o certo e o errado. O mundo em que vivemos hoje é um mundo onde o certo tornou-se errado…

Dirigindo-se aos crentes, Paulo aconselha a usar da melhor maneira o tempo. Isto é, deveriam usar cuidadosamente o tempo. Paulo compreendeu que nenhum esforço era requerido para se tornar igual ao mundo. As pessoas não teriam de estudar, estabelecer metas ou fazer qualquer plano para tornarem-se mundanas. Tudo o que precisavam fazer era sair e viver. Se não tomassem precauções, seria apenas uma questão de tempo antes que se parecessem, agissem e pensassem como o mundo. E isto se aplica também a nós.

Nestes dias maus, carecemos de constantes lembretes da verdade. Se não formos zelosos de nosso tempo, permitiremos que outros o preencham por nós.

Não haverá tempo para Deus.

Homens e mulheres sábios são cuidadosos com o seu tempo. Usam o tempo extra para aproximar-se de Deus…

Se negociar com certos indivíduos ou grupos o coloca numa posição que o leva a violar as suas convicções vez após vezes, deixe de fazer negócio com eles. Se assistir a certos shows de TV leva-o à luxúria, não os desculpe por causa de seu valor como entretenimento. Simplesmente deixe de assisti-los. Se ficar com um grupo de pessoas em particular leva-o ao deslize, não racionalize dizendo: “Mas eles são meus amigos”. Arranje novos amigos!

Em cada área da vida, enfrente corajosamente o que Deus quer que você faça. Enquanto você fizer jogo, enquanto ignorar o que sabe, em seu coração, ser o que Deus quer que você faça, está se preparando para cair…

Deus quer ter o controle sobre cada área da sua vida. Não o controle parcial, mas total. Ele quer que você seja vitorioso sobre a tentação. Mas Ele quer que você seja vitorioso para o propósito dEle, não o seu. Você pode não ter alcançado vitória sobre as tentações porque está segurando as rédeas de sua vida, e tentando fazer Deus intervir nos pontos difíceis. Este não é o modo de Deus trabalhar. Ele quer tudo de você. E quando Ele souber que você é dEle, fará tudo o que for preciso para transformá-lo num servo útil ao seu Reino. (Extraído da obra Winning the War Withing, de Charles Stanley).

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

“Two and a Half Men” ganha nova temporada, mas sem “Jake” que agora é adventista

jakeA série da CBS, “Two and a Half Men”, ganhou uma nova temporada, mas sem o ator Angus T. Jones que interpreta o garoto Jake. Segundo a revista “Entertainment Weekly”, o ator, um dos principais da trama, não terá papel fixo nos novos episódios.

A confusão envolvendo Angus e a produção da série começou, em meados de 2012, quando ele fez uma declaração quando entrou para a igreja Adventista. “Você não pode ser uma pessoa temente a Deus e fazer uma série como essa. Eu sei que eu não posso. Eu não estou bem com o que a Bíblia diz sobre estar nesse show de TV”, afirmou, na época.

Vi no Adventismo em foco.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Ato de fé ou conquista do conhecimento?

joaozinhoO Joãozinho de nossa história é um moleque muito pobre que mora numa favela sobre palafitas espetadas em um vasto mangue. Nosso Joãozinho só vai à escola quando sabe que vai ser distribuída a merenda, uma das poucas razões que ele sente para ir à escola. Do fundo da miséria em que vive, Joãozinho pode ver bem próximo algumas das conquistas de nossa civilização em vias de desenvolvimento (para alguns). Dali de sua favela, ele pode ver bem de perto uma das grandes universidades onde se cultiva a inteligência e se conquista o conhecimento. Naturalmente, esse conhecimento e a ciência ali cultivados nada têm a ver com o Joãozinho e outros milhares de Joãozinhos pelo Brasil afora. Além de perambular por toda a cidade, Joãozinho, de sua favela, pode ver o aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Isso certamente é o que mais fascina os olhos de Joãozinho. Aqueles grandes pássaros de metal sobem imponentes com um ruído de rachar os céus. Joãozinho, com seu olhar curioso, acompanha aqueles pássaros de metal até que, diminuindo, eles desapareçam no céu.

Talvez, por frequentar pouco a escola, por gostar de observar os aviões e o mundo que o rodeia, Joãozinho seja um sobrevivente de nosso sistema educacional. Joãozinho não perdeu aquela curiosidade de todas as crianças; aquela vontade de saber os “comos”e os “porquês”, especialmente em relação às coisas da natureza; a curiosidade e o gosto de saber que se vão extinguindo, em geral, com a frequência à escola. Não há curiosidade que aguente aquela “decoreba” sobre o corpo humano, por exemplo.

Sabendo por seus colegas que nesse dia haveria merenda, Joãozinho resolve ir à escola. Nesse dia, sua professora se dispunha a dar uma aula de ciências, coisa que Joãozinho gostava. A professora havia dito que nesse dia iria falar sobre coisas como o Sol, a Terra e seus movimentos, verão, inverno etc. A professora começa por explicar que o verão é o tempo do calor, o inverno é o tempo do frio, a primavera é o tempo das flores e o outono é o tempo em que as folhas ficam amarelas e caem.

Em sua favela, no Rio de Janeiro, Joãozinho conhece calor e tempo de mais calor ainda, um verdadeiro sufoco, às vezes. As flores da primavera e as folhas amarelas que caem ficam por conta de acreditar. Num clima tropical e quente como o do Rio de Janeiro, Joãozinho não viu nenhum tempo de flores. As flores por aqui existem ou não, quase que independentemente da época do ano, em enterros e casamentos, que passam pela Avenida Brasil, próxima à sua favela.

Joãozinho, observador e curioso, resolve perguntar por que acontecem ou devem acontecer tais coisas. A professora se dispõe a dar a explicação.

–Eu já disse a vocês numa aula anterior que a Terra é uma grande bola e que essa bola está rodando sobre si mesma. É sua rotação que provoca os dias e as noites. Acontece que, enquanto a Terra está girando, ela também está fazendo uma grande volta ao redor do Sol. Essa volta se faz em um ano. O caminho é uma órbita alongada chamada elipse. Além dessa curva ser, assim, alongada e achatada, o Sol não está no centro. Isso quer dizer que, em seu movimento, a Terra às vezes passa perto, às vezes passa longe do Sol. Quando passa perto do Sol é mais quente: é verão. Quando passa mais longe do Sol recebe menos calor: é inverno.

Os olhos de Joãozinho brilhavam de curiosidades diante de um assunto novo e tão interessante.

–Professora, a senhora não disse antes que a Terra é uma bola e que está girando enquanto faz a volta ao redor do Sol?

–Sim, eu disse – respondeu a professora com segurança.

–Mas, se a Terra é uma bola e está girando todo dia perto do Sol, não deve ser verão em toda a Terra?

–É, Joãozinho, é isso mesmo.

–Então é mesmo verão em todo lugar e inverno em todo lugar, ao mesmo tempo, professora?

–Acho que é, Joãozinho, vamos mudar de assunto.

A essa altura, a professora já não se sentia tão segura do que havia dito. A insistência, natural para o Joãozinho, já começava a provocar certa insegurança na professora.

–Mas, professora – insiste o garoto, – enquanto a gente está ensaiando a escola de samba, na época do Natal, a gente sente o maior calor, não é mesmo?

–É mesmo, Joãozinho.

–Então nesse tempo é verão aqui?

–É, Joãozinho.

–E o Papai Noel no meio da neve com roupas de frio e botas? A gente vê nas vitrinas até as árvores de Natal com algodão. Não é para imitar a neve? (A 40ºno Rio)

–É, Joãozinho, na terra do Papai Noel faz frio.

–Então, na terra do Papai Noel, no Natal, faz frio?

–Faz, Joãozinho.

–Mas então tem frio e calor ao mesmo tempo? Quer dizer que existe verão e inverno ao mesmo tempo?

–É, Joãozinho, mas vamos mudar de assunto. Você já está atrapalhando a aula e eu tenho um programa a cumprir.

Mas Joãozinho ainda não havia sido domado pela escola. Ele ainda não havia perdido o hábito e a iniciativa de fazer perguntas e querer entender as coisas. Por isso, apesar do jeito visivelmente contrariado da professora, ele insiste.

–Professora, como é que pode ser verão e inverno ao mesmo tempo, em lugares diferentes, se a Terra, que é uma bola, deve estar perto ou longe do Sol? Uma das duas coisas não está errada?

–Como você se atreve, Joãozinho, a dizer que a sua professora está errada? Quem andou pondo essas ideias em sua cabeça?

–Ninguém, não, professora. Eu só tava pensando. Se tem verão e inverno ao mesmo tempo, então isso não pode acontecer porque a Terra tá perto ou tá longe do Sol. Não é mesmo, professora?

A professora, já irritada com a insistência atrevida do menino, assume uma postura de autoridade científica e pontifica:

–Está nos livros que a Terra descreve uma curva que se chama elipse ao redor do Sol, que este ocupa um dos focos e, portanto, ela se aproxima e se afasta do Sol. Logo, deve ser por isso que existe verão e inverno.

Sem dar conta da irritação da professora, nosso Joãozinho se lembra de sua experiência diária e acrescenta:

–Professora, a melhor coisa que a gente tem aqui na favela é poder ver avião o dia inteiro.

–E daí, Joãozinho? O que tem a ver isso com o verão e o inverno?

–Sabe, professora, eu acho que tem. A gente sabe que um avião tá chegando perto quando ele vai ficando maior. Quando ele vai ficando pequeno, é porque ele tá ficando mais longe.

–E o que tem isso a ver com a órbita da Terra, Joãozinho?

–É que eu achei que se a Terra chegasse mais perto do Sol, a gente devia ver ele maior. Quando a Terra estivesse mais longe do Sol, ele deveria aparecer menor. Não é, professora?

–E daí, menino?

–A gente vê o Sol sempre do mesmo tamanho. Isso não quer dizer que ele tá sempre na mesma distância? Então verão e inverno não acontecem por causa da distância.

–Como você se atreve a contradizer sua professora? Quem anda pondo “minhocas” na sua cabeça? Faz quinze anos que eu sou professora. É a primeira vez que alguém quer mostrar que a professora está errada.

A essa altura, já a classe se havia tumultuado. Um grupo de outros garotos já havia percebido a lógica arrasadora do que Joãozinho dissera. Alguns continuaram indiferentes. A maioria achou mais prudente ficar do lado da“autoridade”. Outros aproveitaram a confusão para aumentá-la. A professora havia perdido o controle da classe e já não conseguia reprimir a bagunça nem com ameaças de castigo e de dar “zero” para os mais rebeldes.

Em meio àquela confusão tocou o sinal para o fim da aula, salvando a professora de um caso maior. Não houve aparentemente nenhuma definição de vencedores e vencidos nesse confronto.

Indo para casa, a professora, ainda agitada e contrariada, lembrava-se do Joãozinho que lhe estragara a aula e também o dia. Além de pôr em dúvida o que ela ensinara, Joãozinho dera um mau “exemplo”. Joãozinho, com seus argumentos ingênuos, mas lógicos, despertara muitos para o seu lado.

–Imagine se a moda pega... – pensa a professora. – O pior é que não me ocorreu qualquer argumento que pudesse enfrentar o questionamento do garoto. Mas foi assim que me ensinaram. É assim que eu também ensino. Faz tantos anos que eu dou essa aula, sobre esse assunto...

À noite, já mais calma, a professora pensa com os seus botões:

–Os argumentos do Joãozinho foram tão claros e ingênuos... Se o inverno e o verão fossem provocados pelo maior ou menor afastamento da Terra em relação ao Sol, deveria ser inverno ou verão em toda a Terra. Eu sempre soube que enquanto é inverno em um hemisfério, é verão no outro. Então tem mesmo razão o Joãozinho. Não pode ser essa a causa do calor ou frio na Terra. Também é absolutamente claro e lógico que se a Terra se aproxima e se afasta do Sol, este deveria mudar de tamanho aparente. Deveria ser maior quando mais próximo e menor quando mais distante. Como eu não havia pensado nisso antes? Como posso ter“aprendido” coisas tão evidentemente erradas? Como nunca me ocorreu, sequer, alguma dúvida sobre isso? Como posso eu estar durante tantos anos “ensinando”uma coisa que eu julgava ciência, e que, de repente, pode ser totalmente demolida pelo raciocínio ingênuo de um garoto, sem nenhum outro conhecimento científico?

Remoendo essas ideias, a professora se põe a pensar em tantas outras coisas que poderiam ser tão falsas e inconsistentes como as “causas” para o verão e o inverno.

–Haverá sempre um Joãozinho para levantar dúvidas? Por que tantas outras crianças aceitaram sem resistência o que eu disse? Por que apenas o Joãozinho resistiu e não “engoliu”? No caso do verão e do inverno a inconsistência foi facilmente verificada. Se “engolimos” coisas tão evidentemente erradas, devemos estar “engolindo” coisas mais erradas, mais sérias e menos evidentes. Podemos estar tão habituados a repetir as mesmas coisas que já nem nos damos conta de que muitas delas podem ter sido simplesmente acreditadas; muitas podem ser simples“atos de fé” ou crendice que nós passamos adiante como verdades científicas ou históricas.

Atos de fé em nome da ciência

É evidente que não pretendemos nem podemos provar tudo aquilo que dizemos ou tudo o que nos dizem. No entanto, o episódio do Joãozinho levantara um problema sério para a professora. Talvez a maioria dos alunos já esteja “domada” pela escola. Sem perceberem, professores podem estar fazendo exatamente o contrário do que pensam ou desejam fazer. Talvez o papel da escola tenha muito a ver com a nossa passividade e com os problemas do nosso dia a dia.

Todas as crianças têm uma nata curiosidade para saber os “comos” e os “porquês” das coisas, especialmente da natureza. À medida que a escola vai ensinando, o gosto e a curiosidade vão se extinguindo, chegando, frequentemente, à aversão. Quantas vezes nossas escolas, não só a de Joãozinho, pensam estar tratando de Ciência por falar em coisas como átomos, órbitas, núcleos, elétrons, etc. Não são palavras difíceis que conferem à nossa fala o caráter ou status de coisa científica. Podemos falar das coisas mais rebuscadas e, sem querer, estamos impingindo a nossos alunos “atos de fé”, que nada dizem ou não são mais que uma crendice, como tantas outras. Não é à toa o que se diz da escola: um lugar onde as cabecinhas entram redondinhas e saem quase todas “quadradinhas”.

(Professor Rodolpho Caniato; publicado no Boletim da Sociedade Astronômica Brasileira, ano 6, número 2, abril/junho de 1983, p. 31 a 37)

Nota:Algo semelhante à situação descrita no texto acima ocorre ainda hoje em muitas escolas, desde o ensino fundamental ao ensino superior. Sempre estudei em escolas públicas. Na infância, estudei numa escola estadual. Depois, passei por duas escolas técnicas. Na segunda, fiz o curso técnico de química. Minha faculdade foi numa federal (UFSC). Lembro-me bem de que as primeiras “explicações”sobre a origem da vida tinham que ver com certo “mar primitivo” no qual teriam surgido as primeiras formas de vida rudimentares que, com o tempo, teriam se tornado mais e mais complexas até chegar aos seres vivos atuais. Aquilo era muito estranho, mas quem ia questionar o professor? O Joãozinho fez falta... Depois, no ensino médio, durante o curso de química (especialmente nas aulas de química orgânica), a história da origem da vida foi reforçada com argumentos mais elaborados, porém, ainda bastante “forçados”. Mas a gente aceitava numa boa. Já na faculdade, ninguém mais questionava nada. Havíamos sido “formatados” e preparados para aceitar a história evolutiva e deixar de perguntar a respeito das inconsistências dela. Onde estão os Joõezinhos?

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Conexão 2.0 alerta sobre os efeitos do sexo casual no cérebro

conexao 2  2013Em tempos de acaloradas discussões sobre os direitos dos homossexuais, o divórcio entre ética sexual e moralidade bíblica parece cada vez mais sem volta. Só parece. Pesquisas médicas e psicológicas têm confirmado o que o velho, mas sempre atual princípio cristão já dizia: sexo tem hora e modo certo de usar.

A reportagem de capa da Conexão 2.0 de abril critica a definição popular de sexo seguro, mostrando que os prejuízos do sexo sem compromisso sobre os relacionamentos e a saúde mental não podem ser evitados pela camisinha e anticoncepcionais.

A matéria ainda explica como a ética sexual atual é uma reação desequilibrada à visão deturpada de sexualidade que imperou na cultura ocidental ao longo de séculos. E relata como uma campanha pró-virgindade tem ajudado milhares de brasileiros a reagir à onda de banalização do sexo.

Mas não para por aí. O leitor vai acompanhar como ONGs cristãs têm se despertado para a responsabilidade ambiental; como seria nosso cotidiano sem a internet; como o apelo da pressa usado na propaganda induz o consumismo; e a diferença que o evangelho tem feito na vida de quem mora na Cracolândia de São Paulo.

Conexão 2.0 é para quem quer entender a realidade, experimentar o que vale a pena e mudar seu mundo. Acesse o site www.conexao20.com.br , siga e curta a revista nas redes sociais: www.twitter.com/conexao_20 e www.facebook.com/conexao20.

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